o sono ainda não chegou
contorço-me para parir o dia
a noite persiste mas a madrugada
traz na garganta um grito
ao primeiro raio de sol
a vigília vai se apagando
ao esvaecer das brumas
os primeiros sons da alba
um chamado ao longe
a longa espera e o peso
das últimas horas vestais
um latido depois outro e outro
no claro-escuro do solar
rompe
ao longe
a luz
ainda não chegou
o sono
rompe
ao longe
a luz
rompe
o sono
(Jan/1994)
Insônia mesmo! Muito bom! Já fazia um tempo que vc não postava. Abraços!
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