na sala de estar
pálida
Fraulein me fita
lírica
ávido
miro seu pescoço
gótico
épica
a valquíria espreita-me
gélida
cético
duvido do seu acento
bávaro
etílico
antevejo uma noitada
homérica
na atmosfera lúgubre
a metamorfose lógica
(de súbito escondo os dentes...)
lânguido
esboço um gesto
enfático
cai a madrugada
cálida
(bocejos)
caem os véus
de nossos corpos tépidos
no leito lúbrico
mãos sôfregas
tateiam um peito
flácido
línguas se enroscam
tácitas
lá fora
a manhã desponta
trágica
(Jul/1986)
Olá!
ResponderExcluirPoema surpreendente, belo, muito bem trabalhado. Amei! Posso publicar no Varal de Poesia?
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